Trabalho & lazer

Fica a dica de artigo para você ler naquela vergonhosa reunião dos 5 minutos onde os chefes fingem que se importam com o que os peões têm a dizer sobre melhorias na empresa...

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Cresce o número de eventos corporativos em resorts. Entre uma reunião e outra, não há quem resista às mordomias para relaxar 

a imagem é por nossa conta retirada do acidcow - você não acha que algo do tipo ilustraria uma matéria da voces/a, né?

Que tal um mergulho entre uma reunião e outra? E quem sabe um passeio a cavalo depois de encerrar o expediente? Quando participa de uma convenção da empresa num resort, é essa a rotina do veterinário paulista Yves Miceli de Carvalho, de 37 anos, responsável pela direção técnica da Royal Canin no Brasil. Num dos últimos eventos, em outubro, funcionários da companhia se reuniram no Club Med de Itaparica, na Bahia. A turma trabalhou bastante, mas aproveitou os momentos de folga para curtir o ambiente. Yves, por exemplo, usou as horas livres para cavalgar, nadar e fazer exercícios físicos com a orientação dos professores do resort. "A jornada profissional rende muito mais quando você pode relaxar entre uma atividade e outra", afirma. "Sem falar que o pessoal volta muito mais motivado."
Por essas e outras, vem crescendo o número de empresas que escolhem os resorts para realizar seminários, convenções e outros encontros corporativos. Na Costa do Sauípe, na Bahia, esse tipo de evento representava cerca de 20% do faturamento no início da década e hoje já responde por 37%. "Pretendemos chegar a 40% no fim de 2006", diz Alexandre Zubaran, presidente da Costa do Sauípe e da Associação Brasileira de Resorts. Nos Hotéis Transamérica, o movimento é semelhante. "Em 2004, tivemos 58 eventos no Transamérica Comandatuba, na Bahia. No ano passado, esse número subiu para 80", diz Paulo Bertero, diretor do grupo. Ele conta que, em alguns casos, o hotel é fechado para uma única empresa, reunindo cerca de 300 profissionais. O palestrante Eugênio Mussak, um dos mais requisitados pelas organizações brasileiras, confirma que nos últimos dois anos tem viajado com freqüência para resorts, para participar de eventos corporativos. "São os melhores lugares para isso", afirma. Segundo ele, nada pior do que fazer uma apresentação dentro da própria empresa. "Quando continuam no ambiente de trabalho, as pessoas não se concentram totalmente. Sempre aparece uma secretária com uma ligação urgente e leva o diretor."

DA REUNIÃO PARA O SHOW
Entre os eventos corporativos em resorts, uma forte tendência é a combinação entre trabalho e atrações esportivas ou musicais. Paulo Bertero, do Transamérica, diz que várias empresas agendam seus seminários e convenções em datas que coincidam com eventos como o Brasil Open de Tênis e o Sauípe Folia, que, em 2005, teve shows de Nando Reis, Kid Abelha e Chiclete com Banana, entre outros. "As empresas compram camarotes e levam para lá seus funcionários ou clientes", revela. Edgar Werblowsky, diretor da operadora FreeWay Brasil, organiza eventos para empresas e diz que os resorts se tornaram ótima opção também para quem deseja conciliar atividades internas e ao ar livre. "A natureza permite explorar melhor temas como criatividade e espírito de equipe." Sérgio Motta Mello, diretor-geral da TV1 Eventos, diz que esse tipo de evento possibilita, ainda, uma maior integração entre os profissionais. "Promovemos atividades que estimulam o envolvimento de todos."

Esse tipo de programação é, normalmente, recomendado para grandes grupos. "Os resorts são ideais para encontros com mais de cem pessoas", diz Cristina Gonçalves, chefe de eventos e viagens da Scania Latin America. Segundo ela, o profissional que participa das atividades não só se concentra e fica mais disposto como se sente mais valorizado pela organização. Cristina afirma que o custo equivale ao de um hotel cinco estrelas em São Paulo. E lembra que, se a empresa reúne profissionais de várias partes do país, precisa gastar com passagens aéreas de qualquer maneira. Melhor, então, se o destino for o cenário paradisíaco de um resort. "Além disso, dependendo do número de pessoas, é possível negociar melhores preços de transporte e hospedagem."


daqui: vocesa